🏛️ Guia Paulicéia: 11 lugares para conhecer no Ipiranga

Dicas do "bairro mais importante do Brasil", selecionadas pelo Ipiranga Feelings.

Oi,

Essa é uma edição especial do Guia Paulicéia, o compilado de dicas de São Paulo enviado toda quinta-feira para assinantes da newsletter Tá Todo Mundo Tentando.

A edição de hoje traz onze lugares para conhecer no Ipiranga, “o bairro mais importante do Brasil” (fonte: moradores locais) assinada pelo Ipiranga Feelings. Não tem Museu da Independência porque, né, todo mundo sabe e não precisa indicar. Mas vale lembrar que amanhã, sábado, é Sete de Setembro e o museu terá programação especial, com visitação gratuita.

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Sobre o Ipiranga Feelings

O IpirangaFeelings nasceu do ventre e coração de uma vizinha encantada com o que vê no dia a dia do bairro, conhecido quase que exclusivamente por abrigar um dos mais belos e importantes museus brasileiros.

Na ativa desde 2016, o projeto revela suas nuances por meio de um olhar afetivo, autêntico e pessoal, sem deixar de lado assuntos críticos e bem apurados no conteúdo.

É um espaço dedicado a compartilhar experiências, lugares e histórias que fazem do Ipiranga um distrito especial no meio da loucura paulistana.

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Empório Pata Negra

O empório e bar de tapas de autointitula uma "jamoneria", ou seja, um lugar que é referência é Jamón espanhol (presunto curado). Primo e vizinho da Paellas Pepe, um dos restaurantes espanhóis mais tradicionais da cidade, o Pata Negra tem um ar mais descolado e, apesar de vender um produto de alto valor agregado, o ambiente é informal. Viajado, o chef Diego Carrilho montou um menu interessante que vai além da charcutaria, passando de pequenas mordidas, como croquetas, tapas e outras coisinhas para compartilhar, a refeições que destacam frutos-do-mar. Há duas excelentes opções de drink sem álcool, além de coquetéis clássicos como a sangria, servida em jarra ou taça.

Fica na R. Bom Pastor, 1644. Mais informações no Google Maps.

Tosto Café 

Colada no Parque da Independência, a cafeteria mineira com ares de casa da vovó conquista corações há alguns anos. Com boa trilha sonora, o ambiente carregado de referências afetivas e mobília vintage acolhe pessoas em busca de um refúgio ou de um cafuné em forma de comida. No menu, um delicioso pão de queijo parece a pedida óbvia para acompanhar o café Jetiboca, cultivado em Minas Gerais. Mas se quiser sair do óbvio, vá de coado tônica com tangerina (ou limão), o iogurte com banana na chapa e melado; e a tortinha de maçã coberta com creme de leite fresco e pitadas de canela.

Fica na R. dos Sorocabanos, 155. Mais informações no Google Maps.

Museu do Vinil

Totalmente fora do circuito hype da cidade (e das redes sociais), essa loja raiz com 25 anos de vida conta com um rico acervo de LPs, em especial para quem gosta do bom e velho rock'n'roll e suas vertentes. Bem organizada, tem ainda jazz, MPB, discos raros e importados, CDs e fitas-cassete. Para além das cestas de vinis com desconto, dá para chorar um pouquinho e negociar os preços.

Fica na R. Cisplatina, 593. Mais informações no Google Maps.

Di Bari 

Quando chegou nas terras ipiranguers, a Di Bari trouxe a autêntica pizza napolitana de fermentação natural para o bairro. Desde então, vem colecionando títulos em rankings mundiais, estrelinhas em guias midiáticos e doses cavalares de reconhecimento pela qualidade. Os elogios não vêm por acaso e nem por bajulação de influencers (ufa!). O cardápio tem sabores clássicos, mas são as autorais que despertam paixões: a Diávola tem uma boa mistura de calabresa diavoletti e mel. A Caprese tem uma muçarela de búfala dos deuses. A de queijo Tulha é feita com insumo premiado na Espanha. Não pule as entradas e dê uma chance aos drinks, bem executados. No ano passado, a pequena esquina ganhou um andar de cima, que é super aconchegante e mais intimista, embora não diminua muito as filas aos finais de semana. A vontade é de voltar semanalmente.

Fica na R. Bom Pastor, 1496. Mais informações no Google Maps.

Ai Ai Cozinha Asiática

Novidade no bairro, o Ai Ai vem com a proposta de comida asiática descomplicada e inserida no dia a dia, sabe? As influências culinárias são de diversos países, a exemplo do bao, um pão branco e fofinho de origem chinesa, recheado com frango, porco ou berinjela empanados. O coreano bulgogi ganha uma saborosa versão vegetariana com shimeji marinado em shoyu e lascas fininhas de pera asiática, uma delícia! Tem ainda bifum, domburi, poke (por temporada) e curry. Recomendo muito o bolinho de arroz, com textura no ponto.

Fica na R. Cipriano Barata, 1905. Mais informações no Google Maps.

Sebo Pura Poesia

Chorinho ao vivo na calçada, livros, discos, arte, fotografias antigas do Ipiranga, sorvete feito no próprio bairro, taça de vinho e um tanto de vizinhos reunidos, fazendo tudo ou nada juntos, é parte do que você encontra no sebo Pura Poesia. O amontoado de coisas mencionadas reflete esse pedacinho tão cheio de personalidade, elaborado por dois moradores apaixonados que reinventaram o jeito de propagar livros "velhos e esquecidos". São vários ambientes expandidos entre os andares, onde dá para ter, acima de tudo, tempo de qualidade. 

Fica na R. Costa Aguiar, 1112. Mais informações no Google Maps.

• Obs: saindo do sebo, na mesma calçada, tem várias portinhas legais, como loja de churros, de cookies, de tortas e, na esquina, uma galeria de arte.

Parrilinha 

O restaurante escurinho tem pegada descontraída e inspiração nas parrilas latino-americanas. Da cozinha aberta colada no balcão saem cortes de carne (mignon, chorizo, ancho e steak), com acompanhamentos variados e milanesas. Os trabalhos podem começar com a provoleta, provolone assado na parrilla com chimichurri e evoluir para a fugazetta, milanesa com cebolas gratinadas e camada de queijo. Tem ainda o inusitado prato com pegada surf & turf, misturando bife com creme de camarões em cima. O choripan é daqueles bem suculentos, acompanhado de ​​salsa portenha. 

Fica na R. Costa Aguiar, 1734. Mais informações no Google Maps.

Pindó Padaria 

Com equipe majoritariamente feminina, a Pindó faz bonito quando o assunto é alimentação. Digo isso porque vai além da receita do pão de fermentação natural, seguindo à risca seus ideais: nada na casa é ultraprocessado ou transgênico. Tudo é artesanal, orgânico e sazonal, respeitando os ciclos da natureza. Os ingredientes de pequenos produtores se somam às receitas originais, que resultam em pratos saborosos como o cuscuz na manteiga fermentada, com ovo de gema mole e creme de queijo Tulha; e o cappuccino com rapadura.  

Fica na R. Oliveira Alves, 465. Mais informações no Google Maps.

Sesc Ipiranga

O velho conhecido Sesc não poderia faltar aos iniciantes que chegam ao Ipiranga. Embora seja famoso, essa unidade encanta os mortais por conta do convidativo quintal que se abre no meio dela. Ali a gente toma sol, a criançada brinca, os senhorezinhos leem jornal, as árvores dançam com a brisa do final de tarde. Tem até um trailer próprio com algumas comidinhas imperdíveis, como o pãozinho de chocolate com café, no precinho, é claro! Fica coladíssimo no Museu do Ipiranga, então é bem fácil de chegar. 

Fica na R. Bom Pastor, 822. Mais informações no Google Maps.

Kafé Garten

Inspirado em um biergarten, o restaurante familiar com raízes alemãs conta com um charmoso jardim e área kids a uma curta distância do Museu do Ipiranga.  Com produção própria, a cozinha prepara pratos típicos alemães como chucrute com salsichas e salada de batatas de Suábia, além de um strudel impecável. A casa ainda conta com bebidas com café e opções refrescantes como o Radler, curiosa mistura de cerveja com soda, muito consumida por ciclistas na Alemanha.

Fica na R. da Imprensa, 494. Mais informações no Google Maps.

Museu Azevedo

Em um edifício projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo, o museu resgata as origens da família a partir da memória do Conde José Vicente de Azevedo, um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento do Ipiranga, quando aqui era "tudo mato". Vale a pena conhecer a trajetória para entender melhor o passado e as dinâmicas do bairro, além de descansar em seus belos jardins. Entrada gratuita, com agendamento por e-mail e infelizmente só de segunda a sexta-feira

Fica na R. Dom Luís Lasanha, 300. Mais informações no Google Maps.

📚 Extra: Bienal do Livro de São Paulo

Começa amanhã, sexta-feira, dia 06/09, mais uma edição da Bienal do Livro de São Paulo, um dos grandes eventos paulistanos do segundo semestre — há outros.

Eu vou dar uma passada por lá divulgando e autografando o “Tá Todo Mundo Tentando: Histórias Para Ler Na Cidade” com a Editora Nacional no estande da Livraria Drummond. É sábado, 13h. Chega mais para me dar um alô?

Nesse post o pessoal do São Paulo Secreto dá uns toques de como aproveitar melhor a ida ao evento:

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