Moro na Bela Vista (carinhosamente apelidada de BV entre os amigos) há quase 6 anos. É definitivamente meu lugar em SP, depois de ter morado em Santana, no Ibirapuera e em Perdizes. Aqui é essa mistura de extrementos na calçada (alguns coloridos, depende da bebida consumida na garrafa pet sem procedência), de pessoas totalmente inesperadas, de comércios que parecem uma coisa e são outra, é interessantíssimo. Um diálogo que escutei há alguns anos (amo escutar conversa na rua), de umas enfermeiras que tavam atravessando a rua:
Luciana, amo que somos VIZINHAS! Bora tomar um café em espaço aberto no pós vacina, sim? Sobre a Bela Vista: morei em várias partes da cidade mas aqui é super onde me encontrei. Acho foda a degradação do Bixiga, mas lembro de quando andava na área na adolescência e, bom, exceção feita aos restaurantes das 13 de Maio, a região nunca foi mesmo bem cuidada.
Gaía, cheguei aqui pela Paulicéia, mas amei demais esse boletim, e "maratonei" todos envios. Sua escrita me faz sentir em casa. Adoro a forma como você conta da sua vivência em São Paulo. Estou aqui há 4 anos, moro na Bela Vista também (nunca soube se era "a" ou "o" Bela Vista haha), e sou bem bairrista. Gosto demais do caos entre o novo e o antigo, o mix entre os jovens da Frei Caneca e as senhorinhas das lojas de costura, sem falar os "hotéis" da região; a possibilidade de ter farmácia, mercadinho verde, empório, mercado, browneria, padaria, tudo no mesmo quarteirão; o fato de estar numa distância perfeita para ir à pé até a Biblioteca Mario de Andrade, à Oscar Freire, à Zona Cerealista ou ao CCSP. Meu desejo é cada vez mais me apropriar da cidade, passeando e errando pelas ruinhas, explorando novos bairros. Seu boletim tem me ajudado muito! Guardando e pesquisando cada uma das indicações, até chegar a hora de retomar os rolês. Obrigada pelo trabalho lindo <3
Não sou de SP. Costumava visitar a cidade no final dos anos 90 início dos 00. Para ouvir música na rua era com um discman, walkman, mp3 player ou algo do gênero. A Rádio Eldorado era uma forma de me sentir mais inserido na cidade grande (sim, sou de um tempo e de uma localização onde a cidade de São Paulo realmente era vista como um marco, uma referência de avanço, tecnologia, saúde (era e ainda é em alguns ciclos familiares se ouvir dizer: fulano foi buscar o melhor atendimento, foi para São Paulo). Voltando... então a rádio sempre foi presente nos meus dias de visita a Sampa. Radio esta que como muitas, é recheada de boletins sobre trânsito, fluxo e coisas de metrópole. Foi essa a ligação de memórias que fiz. Ler você descrevendo encontros e desencontros em alguma rua na República, uma lanchonete na Vila Madalena, me faz lembrar da Rádio Eldorado.
Adoro seus textos. Especialmente pq me fazem revirar as minhas memórias de SP, minha casa por 15 anos. Aquela coisa de garota louca por música vem do interior pra ser jornalista em SP. Hahaha. Mas descobri SP caminhando. E repito isso nas cidades por onde passo. A gente só conhece a cidade queimando a sola do sapato pelos seus becos, linhas retas e ladeiras.
Moro na Bela Vista (carinhosamente apelidada de BV entre os amigos) há quase 6 anos. É definitivamente meu lugar em SP, depois de ter morado em Santana, no Ibirapuera e em Perdizes. Aqui é essa mistura de extrementos na calçada (alguns coloridos, depende da bebida consumida na garrafa pet sem procedência), de pessoas totalmente inesperadas, de comércios que parecem uma coisa e são outra, é interessantíssimo. Um diálogo que escutei há alguns anos (amo escutar conversa na rua), de umas enfermeiras que tavam atravessando a rua:
- Nossa, olha aquele moço que mora na rua
- Cuidado, ele deve ser louco
- Que nada, ele é bela vista
Achei que definiu.
Luciana, amo que somos VIZINHAS! Bora tomar um café em espaço aberto no pós vacina, sim? Sobre a Bela Vista: morei em várias partes da cidade mas aqui é super onde me encontrei. Acho foda a degradação do Bixiga, mas lembro de quando andava na área na adolescência e, bom, exceção feita aos restaurantes das 13 de Maio, a região nunca foi mesmo bem cuidada.
Vamossssss
Nos encontraremos em algum café sobrevivente por horas, JÁ É
Gaía, cheguei aqui pela Paulicéia, mas amei demais esse boletim, e "maratonei" todos envios. Sua escrita me faz sentir em casa. Adoro a forma como você conta da sua vivência em São Paulo. Estou aqui há 4 anos, moro na Bela Vista também (nunca soube se era "a" ou "o" Bela Vista haha), e sou bem bairrista. Gosto demais do caos entre o novo e o antigo, o mix entre os jovens da Frei Caneca e as senhorinhas das lojas de costura, sem falar os "hotéis" da região; a possibilidade de ter farmácia, mercadinho verde, empório, mercado, browneria, padaria, tudo no mesmo quarteirão; o fato de estar numa distância perfeita para ir à pé até a Biblioteca Mario de Andrade, à Oscar Freire, à Zona Cerealista ou ao CCSP. Meu desejo é cada vez mais me apropriar da cidade, passeando e errando pelas ruinhas, explorando novos bairros. Seu boletim tem me ajudado muito! Guardando e pesquisando cada uma das indicações, até chegar a hora de retomar os rolês. Obrigada pelo trabalho lindo <3
As suas descrições de localização me lembra muito a Rádio Eldorado. Acho sensacional.
Ps. "Quem tem, sabe"... vou adotar. :D
Não entendi da Rádio Eldorado!
Não sou de SP. Costumava visitar a cidade no final dos anos 90 início dos 00. Para ouvir música na rua era com um discman, walkman, mp3 player ou algo do gênero. A Rádio Eldorado era uma forma de me sentir mais inserido na cidade grande (sim, sou de um tempo e de uma localização onde a cidade de São Paulo realmente era vista como um marco, uma referência de avanço, tecnologia, saúde (era e ainda é em alguns ciclos familiares se ouvir dizer: fulano foi buscar o melhor atendimento, foi para São Paulo). Voltando... então a rádio sempre foi presente nos meus dias de visita a Sampa. Radio esta que como muitas, é recheada de boletins sobre trânsito, fluxo e coisas de metrópole. Foi essa a ligação de memórias que fiz. Ler você descrevendo encontros e desencontros em alguma rua na República, uma lanchonete na Vila Madalena, me faz lembrar da Rádio Eldorado.
Adoro seus textos. Especialmente pq me fazem revirar as minhas memórias de SP, minha casa por 15 anos. Aquela coisa de garota louca por música vem do interior pra ser jornalista em SP. Hahaha. Mas descobri SP caminhando. E repito isso nas cidades por onde passo. A gente só conhece a cidade queimando a sola do sapato pelos seus becos, linhas retas e ladeiras.
vale pra viagem também. melhor jeito de conhecer qualquer lugar é andando e pegando transporte público.