⌨️ Tá Todo Mundo Tentando: ver shows
Nunca antes na história dessa cidade!
Para ouvir lendo: Step On, do Happy Mondays. As pessoas estavam muito felizes em 1990-pouco. Tá na playlist da Tá Todo Mundo Tentando no Spotify que tem centenas de músicas (mesmo) e são todas ótimas (claro).
Oi,
Fim de ano em São Paulo é época de show, muito show. E nunca antes na história dessa cidade vimos uma temporada como a de novembro agora, em que tem shows gringos, brasileiros, pequenos, grandes, todos os dias. Esse é o lado bom. O lado complexo é que show é sinônimo de calor, multidão, roupa colando, cerveja quente e gente suada. Se nessa altura de novembro, São Paulo parece um festival permanente com gente indo e vindo o tempo todo, confesso que penso muito no quê vestir. Porque quero sair bonita, sim. E não me importo de voltar derretida, faz parte. Mas quero conforto.
Aí que entra o look certo. O meu tem sido da Insider — sim, aquela mesma das roupas high tech que não pegam cheiro, não amassam e secam rápido! Recebi um pack deles com algumas peças, incluindo a Tech T-shirt clássica e, olha, é boa MESMO: tecido leve, corte bonito, e funciona tanto pra sair quanto pra ficar. Minha favorita é a azul-marinho. Veio também o moletom de manga morcego com gola alta, que eles chamam de wingsuit, que me conquistou total - bonita, estruturada, tecnológica e chique na medida certa. E a bermuda feminina de alfaiataria que é super leve e não amassa, tem funcionado em toda situação por aqui.
Quer experimentar? Aproveita que a Insider está em modo Black Friday o mês todo, com promoções cumulativas. Usando o cupom TATODOMUNDO pelo link oficial e combinando com demais descontos já disponíveis no site, dá pra chegar em descontos de até 50%:
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Ver shows
Começo me repetindo: estamos no mês com a melhor agenda de shows do ano em São Paulo. Novembro está sendo bem generoso com quem gosta de música ao vivo. E trago boas novas: dezembro continua. E, depois, você sabe: verão, réveillon, Carnaval. A vida presta.
Como se a cidade estivesse conspirando, tenho dito oportunidades de estar em alguns de meus lugares favoritos. Como o Balaclava Fest1, um festival independente que cresceu sem perder a cara e continua sendo um desses encontros que contam uma história sobre como a música segura o rojão de uma comunidade inteira. Se você já me viu (e aposto que sim) dando link pro Balaclava aqui ou no Instagram: divulgo porque gosto, porque acompanho, porque respeito, e porque enxergo valor em fazer bem feito, trazer coisas legais, confiar no público. O resto é jujuba. Mas fica aqui registrada minha simpatia cósmica para que um dia eles tenham verba para patrocinar criadores de podcasts e newsletters, porque bom gosto merece incentivo fiscal afetivo.
Foi domingo passado, e entre um show e outro (adorei ver Jovens Ateus! que acerto!) passava um filminho de uma marca de cerveja que vive colada em eventos paulistanos. Não vou citar porque não ganho para isso, mas o vídeo era bom: gente se divertindo num bar, arrobas globais conhecidas fazendo graça, e uma cena perfeita, a menina que olha o celular, vê notificação, e vira o aparelho de tela para baixo sobre a mesa cheia de garrafas. Simples, direto: desliga essa merda. Se você não tem motivo real para estar conectado (filho pequeno em casa, emergência séria, trabalho que envolve vidas humanas e não “marca precisa aprovar o post”), então permita-se estar ali, inteiro, onde seu corpo está.
No festival, isso ficou evidente. Quase ninguém com o braço levantado o tempo todo, registrando cada minuto, exceto uns poucos destemidos filmando músicas inteiras do Stereolab. E aí eu te falo com carinho: se você está gravando para “ver depois”, talvez o que precise não é mais memória no celular — é aprender a manipular prazer sozinho, literal ou metaforicamente. Porque assistir show pela câmera nunca é tão bom quanto você acha naquele segundo. E nós já temos uns bons quinze anos de conteúdo digitalizado para comprovar. Deixo a captação para os profissionais, e divirta-se.
Mas o momento que ficou comigo foi outro. No meio do show do Yo La Tengo — que estava uma delícia, com aquela energia de quem sabe tocar junto há uma vida (mesmo não tocando “Nowhere Near”) alguém começou a passar mal ali perto. De repente, celulares se levantaram - não para filmar, mas para iluminar o caminho do socorro. A banda percebeu, segurou o clima numa base discreta. Duas mulheres correram até o bar pedindo reforço. Quem estava ao redor abriu um corredor e manteve a calma. Foram alguns minutos em que a plateia virou uma pequena cidade improvisada, daquelas que surgem quando o instinto de cuidado coletivo vence outros impulsos. Rapidinho a pessoa saiu amparada e tudo se ajeitou, o show voltou a crescer, a música retomou seu lugar. Tudo aconteceu muito rápido. O show voltou, as atenções se rearrumaram, a banda terminou a música remendando de volta o fio partido. Foi bobo. Foi banal. Foi bonito.
E nós, juntos ali, de novo, como se aquele intervalo tivesse reforçado o pacto invisível que existe em qualquer festa, show ou festival: é preciso estar presente.
Ir a shows é isso. É um contrato, uma troca entre quem está no palco e quem está na plateia. Requer atenção dos dois lados. Não é nostalgia, não é escapismo, não é “sair da bolha”. É lembrar que existe um tipo muito específico de alegria que só acontece quando você se permite desligar, suar, cantar torto, olhar para o lado, notar alguém, ajudar alguém, dividir um som.
Voltei pra casa pensando que cidade inteira poderia funcionar assim, mas por enquanto quem cumpre essa função é a música.
E já que ainda estamos na metade de novembro, deixo o convite: escolha um show, qualquer um. Vá. Esteja perto de gente, antídoto raro para a vida acelerada.
É esse o tipo de noite que eu quero guardar: nada de pirotecnia, nada de artifício. Uma boa banda no palco, um sistema de som decente (obrigada, Balaclava!), e um grupo de pessoas comprometidas com o mesmo propósito provisório e valioso: gostar de música.

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