💄 Tá Todo Mundo Tentando: batom vermelho
Para pessoas que levariam um batom para uma ilha deserta
Para ouvir lendo → “Lipstick”, da Suzi Quatro. Na real, não manjo muito a Suzi Quatro tirando "48 Crash", que quase todo mundo já dançou berrando em alguma pista escura. Às vezes escolho a música que combina com o texto e só. Por coincidência essa também é boa pra acordar de manhã. Tem na playlist da Tá Todo Mundo Tentando no Spotify.
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Usar batom vermelho
Não lembro quando comecei a usar batom vermelho1. Tenho certeza que é coisa de anos. Não pretendo parar.
Às vezes aplico direitinho, como ensinavam as revistas de maquiagem e beleza de antigamente: hidratando os lábios com lip balm (sem excesso), depois contornando com lápis na cor adequada e então preenchendo o contorno com o batom aplicado com um pincel achatado, próprio para esse uso. Sei que hoje existem primers, preenchedores, tipos de lápis e incontáveis tipos de batom: matte, vitrificados, brilhantes, cremosos, levinhos, blur, preenchedor, com efeito ombré.
Eu podia viver só com um único batom vermelho (seria o Ruby Woo2) mas gosto de ter opções de texturas e tons — as opções são virtualmente infinitas entre o vermelho mais levinho, meio coral, bem mocinha, até vermelho-vinho-tinto-intenso de vampiro de filme noir dos anos 1940, passando por vermelhos sintéticos ultra-vivos que certamente não existem na natureza.
No dia a dia, aplico o batom direto na boca do jeito mais básico, acompanhando o contorno natural. Vale para dentro de casa: não é raro passar batom logo após escovar dentes e fazer a skin care de manhã. Como trabalho em casa há muito tempo, essa rotina de me arrumar cedo como se fosse sair para a rua ajuda a estabelecer uma energia de começar o dia, mesmo que o trajeto casa-trabalho seja quarto-sala.
Fora esse batom, quase não uso maquiagem. Passo um pouco de rímel, mantenho a sobrancelha penteada, às vezes uso uma base leve. Sombra e blush, só se for de noite. Contorno facial, delineado nos olhos e técnicas mais sofisticadas de embelezamento temporário eu não encaro, só uso se entregar o rosto em mãos profissionais. Não é que não goste, pelo contrário, adoro. Só não tenho o jeito, ou o tempo, ou a prática.
Um batom vermelho pode exaltar tanto uma aparência sadia quanto lembrar a Betty Boop3. E nem o mais ferrenho defensor de looks naturais questiona que um bocão pintado de vermelho intensifica qualquer rosto. Mas há que saber usar, menos enquanto técnica de aplicação e mais enquanto elán. Um batom vermelho em boca murcha é como um vestido no tamanho errado, um desconforto notável.
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