Tá Todo Mundo Tentando

Tá Todo Mundo Tentando

💭Tá todo mundo tentando: descansar

Essa newsletter volta em 2026.

dez 19, 2025
∙ Pago

Para ler ouvindo: essa playlist no Youtube

Oi,

Então ontem rolou o lançamento do Deslumbre em São Paulo.

Foi como tinha que ser: encheu de gente legal, fez calor, teve música alta, rolaram bons encontros e os livros assinados passaram da minha mão para muitas outras mãos.

Obrigada demais a quem saiu de casa para celebrar conosco. Quem não conseguiu estar lá encontra o livro no site da Terreno Estranho.

Fica meu agradecimento especial à Nilson, Dani e Massari, da editora, pela confiança e pelo corre, à Flavia Durante e ao Camilo Rocha pela trilha sonora perfeita, e ao pessoal do Bolor pela acolhida generosa nessa última (e meio louca) semana útil de 2025.

Bowie: 10 anos de Blackstar

Nos primeiros dias 2026, antes dessa newsletter voltar do recesso, o mundo vai lembrar os dez anos do lançamento do último disco do Bowie, em 08/10 (seu aniversário, também aniversário do Elvis). Dois dias depois, em 10/01, vai lembrar os dez anos da sua passagem.

High Fidelity, com Zoë Kravitz, cancelada na 1ª temporada | MHD
“Blackstar is the best album of the past twenty years” - it is, Rob, it really is!

Um monte de gente vai aproveitar a oportunidade para contar onde estava, como foi. Essas datas muito importantes servem também para isso, são marcadores de tempo. Lembrar dessas coisas é lembrar de nós mesmos, assim como falar de arte é uma forma de falar de nós mesmos.

Dito isso, estou me antecipando às ondas de memórias.

Em 10/01/2016 eu tinha acabado de chegar da Itália. Não estava no apartamento onde vivia na época porque tinha emprestado para uma amiga que sempre cuidava quando eu ia viajar e tinha rolado uma confusão com data, então estava no apartamento de outra amiga. Tenho dificuldade em dormir de dia, mesmo muito cansada, e por isso estava dissociando na cama, meio dormindo e meio acordada, quando chegou mensagem do então-namorado, dizendo assim: so sorry about bowie. hope you’re all right.

Eu já sabia que o Blackstar tinha saído, mas ainda não tinha escutado. E, como quase todo mundo, dei play em seja qual for a plataforma que estava usando na época (usei muito rdio, tidal e deezer). E, como quase todo mundo, passei o dia perdida entre minhas lembranças do artista, postando homenagem em rede social, corrigindo quem chamava ele de “Sir” (o Bowie nunca aceitou condecoração) e digerindo a ausência do artista que mais acompanhei na vida.

Essa é uma lembrança. Há muito mais de onde ela veio. Minha memória mais antiga relacionada ao Bowie é escrever no meu diário infantil “I LOVE DAVID BOWIE” após me apaixonar pelo Goblin King de Labirinto. Minha memória mais recente é lavar toda minha coleção de vinis para tocar um set de quatro horas de Bowie no Formosa Hi-Fi, no começo desse mês.

É estranho que o Bowie não esteja muito presente no Deslumbre1, porque ele é, de longe, minha mais profunda e longeva obsessão musical. E também porque sua sombra paira sobre tudo que cito no livro. Mas eu pensei nisso enquanto estava escrevendo, e escolhi falar dele de outro jeito.

Um jeito que vou contar aqui, quando a newsletter voltar do recesso na edição de 16/01/2016, que vai marcar também a nova fase desse projeto, rumo ao aniversário de cinco anos!

Torço para que vocês, leitoras e leitores leais da Tá Todo Mundo Tentando, estejam aqui para participar disso comigo.

2026, seja fino conosco.

🖤
Gaía

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