📚 Elena Ferrante é um fenômeno editorial global. Vendeu milhões de livros, virou série da HBO, formou uma legião de leitores leais ao redor do mundo, conquistou o pódio da lista de “melhores livros do século” do NYT. De quebra, segue escrevendo livros posteriores a sua tetralogia napolitana.
E nunca precisou mostrar o rosto. Nunca participou de um trend. Nunca teve Instagram. Conta unica e exclusivamente com sua voz literária para falar dos assuntos que quer, no tempo que quer.
Ferrante seguiu sendo… autora. Não “criadora de conteúdo”.
O episódio novo do É Sobre Isso, o podcast da Beet e da Ampère, questiona conteúdos e seus criadores e consumidores, passando: o que perdemos quando trocamos a figura do artista pela do conteudista?
Hoje, tudo é conteúdo. Um tutorial de maquiagem, uma denúncia de corrupção, uma receita de bolo, uma crônica íntima, um filme publicitário. De série de TV com orçamento de bilhões, a vídeo apontando para palavras flutuantes: tudo é “criação”. Será?
A palavra “conteúdo” já soou técnica e neutra, mas virou um rótulo que homogeneíza tudo: apaga o ofício, empacota a expressão e transforma a arte em entrega.
Eu, o
a Catarina Cicarelli e o Guilherme Pinheiro exploramos essaOuça no Spotify, ou veja o episódio completo no Youtube:
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